Como bem antecipamos aqui, o fim de semana foi movimentado na agenda cultural.
Isso porque no mesmo período rolaram, simultaneamente, os festivais Bonnaroo (nos EUA), Isle of Wight (na Inglaterra) e Pinkpop (na Holanda). E, para seguir a tradição, abaixo vai um resumo do estilo de cada evento.
P.S.: Vale ressaltar que o Foo Fighters, principal atração do Pinkpop, teve que cancelar a sua participação devido a uma fratura que o seu vocalista, Dave Grohl, sofreu em um show no dia anterior.
Bonnaroo

Voltando aos palcos com novas músicas e o mesmo visual de sempre. Só novidades boas para os fãs de Marcus Mumford e companhia, diga-se. Sem dúvida, um dos pontos altos do festival.

Bem mais discreto do que nos tempos de Led Zeppelin, Robert Plant foi pura elegância na sua aparição. Camiseta básica, sem medo de esconder as rugas ou os pelos grisalhos. E olha que o pique segue o mesmo de 30 anos atrás.

Carisma, talento e uma voz incrível. Tudo isso distribuído por mais de 1,90m de altura. Sem falar no estilo. Hozier, cada vez mais, se consolida como uma das melhores novidades da música dos últimos anos.

Atacando pelo lado mais alternativo da cena musical, o grande nome do blues da nova geração, Gary Clark Jr é também um dos artistas mais elegantes da atualidade. Não à toa seu nome sempre aparece por aqui.

Excêntricos, mas originais. Os caras do Morning Jacket sacudiram o Bonnaroo com um visual bastante característico e elogiável. Digno de festival de música.
Isle of Wight

Chovendo no molhado, a dupla de Ohio foi destaque. Há anos que apontamos aqui que o Black Keys é não apenas uma das grandes bandas do planeta, mas também uma das mais elegantes. A foto acima não nos deixa mentir.

Também voltando cada vez mais para o circuito musical, os ingleses do Blur fazem reviver aquele estilo britânico dos anos 90. Uma boa notícia. Ainda mais que tudo isso vem acompanhado de canções históricas.

E por falar em voltar alguns anos na história, o tradicional Isle of Wight foi além dos 90. Billy Idol e toda a sua irreverência dos anos 80 também subiram no palco. Exagerados acessórios e um costume prá lá de gótico deram o tom.

Outro que esbanja carisma, talento e uma voz sem igual. Paolo também foi um dos pontos altos do evento devido ao seu figurino. Só faltou abotoar alguns botões da camisa.

Ele já foi referência por aqui. E até que a gente tinha razão em dizer que James Bay é uma das melhores novidades da música nos anos mais recentes. Acessórios pontuais para montar um estilo nada menos do que admirável.
Pinkpop

Flertando com o exagero, Matt Bellamy, do Muse, desferiu seus potentes riffs e solos trajando um costume preto. Costuras e zipers estranhos fazem a gente colocar em dúvida a sua habilidade com as roupas. Mas nunca com a guitarra.

Excêntrico, mas muito antenado para a moda, Pharrell pegou leve dessa vez. Vestindo uma jaqueta floral, o cantor trocou o chapéu de guarda florestal por uma boina muito mais discreta e adequada. Não precisamos dizer que apoiamos essa decisão.

Tão eterno quanto os seus riffs de guitarra é o estilo de Slash. A cabeleira segue firme. A gente entende que é marca registrada e nunca vai criticar. Mas valoriza, e muito, a troca das camisas de seda com babados pela flanela xadrez.

Outra banda que de vez em quando pisa na bola. O visual de Ryan Tedder, por exemplo, sai ileso. Mas o undercut profundo é um penteado que temos que tomar cuidado. Muito curto dos lados e longo em cima, pode ficar estranho. De resto, nota 10.

Também presente em nossa pauta seguidamente, Jesse Hughes, do EODM, mostrou a atitude rock and roll na hora de subir no palco holandês. Topete, bigode e muitas tatuagens sem perder o bom humor e a essência. Isso sim é referência.